Chegamos antes de ontem, dia 29, a Rabat, Morocco, às 4 da manhã, hora local (mesma que Portugal). Saímos da Póvoa às 06h30 da manhã, e encontramo-nos com o pessoal da Federação Portuguesa de Surf em Vila Real de Santo António, Algarve. Seguimos viagem em direcção a Espanha, com o objectivo de apanharmos o Ferry Boat em direcção a Tanger, Marrocos, na cidade de Tarifa. Mas em Tarifa a entrada de automóveis no Ferry Boat estava encerrada até 5 de Agosto, por isso viajamos mais um pouco até Algeceiras. Lá, compramos os bilhetes do Ferry, um pouco mais caros do que o esperado, e pensávamos entrar no Ferry das 19 horas.
Porém, a desorganização que se fazia sentir era tanta que só conseguimos entrar na viagem das 20h, chegando mesmo a termos de trocar de companhia de viagens. No barco, tivemos de preencher os papéis de check in em Marrocos, tivemos de esperar em grandes filas, e ainda preencher os papéis da entrada do carro no barco. Depois de tudo isso, comemos umas tortillas um pouco caras, para matar a grande fome que se fazia sentir por todos os membros desta grande aventura. Esta viagem de barco que supostamente era de 1 hora transformou-se numa longa viagem de 4 horas. Chegados ao Porto de Tanger tivemos de esperar ainda mais tempo por problemas de luminosidade e pelo facto de haver muitos barcos atracados no Porto.
Chegados a Tanger, já em terra, o desembarque tornou-se complicado. As filas eram enormes, e os polícias que revistavam os carros queriam "propina for me". Como não somos ricos, tivemos de esperar mais uns tempos. Chamaram o nosso treinador e tiraram-lhe o passaporte. Ao devolvê-lo, queriam "propina". Novamente, fizemo-nos de desentendidos e conseguimos sair.
Depois de fazermos o câmbio de Euros para Dirhames, seguimos viagem. Ficamos todos impressionados com a confusão e o trânsito completamente caótico, e com o grande número de pessoas que se encontrava na rua aquela hora. Seguimos viagem até Rabat. Às 4 da manhã chegamos ao nosso destino. Tivemos de procurar pelo hotel. O que estava programado estava cheio, por isso ficamos num pior, o Yasmine.
Na manhã seguinte fomos procurar o spot onde seria o campeonato para treinarmos. Nessa procura encontramos mais portugueses, e todos juntos fomos em busca de ondas. Encontramos o spot onde seráo campeonato, e fomos para a água treinar. A onda é uma esquerda a quebrar em lage, um pouco maluca, mas com umas secções engraçadas. Pena a água ser bastante poluída, o acesso à praia ser um pouco difícil e o crowd ser imenso.
Fomos procurar mais um hotel. Encontramos um carinho, mas não tivemos alternativa, pois mesmo dentro da Medina os hotéis melhorzinhos estavam cheios, e os que não estavam eram estranhos e manhosos. Jantamos uma comida ocidental barata, e fomos descansar.
Hoje acordamos e fomos tomar um grande pequeno almoço no hotel. Depois, mudamos para o hotel onde me encontro a escrever esta notícia, o Hotel Royal, que é bem mais barato. Quando chegamos à praia do campeonato vimos que nenhum de nós entrava hoje na água. Aproveitamos para treinar um pouco, e quando saímos da água fizemos amizade com um senhor chamado Mohamed que escreve o jornal de surf e bodyboard de Marrocos. Ele ofereceu-se para nos levar a um spot mais a norte, um beach break com uma água mais limpa, e aproveitamos para visitar alguns sítios com boas paisagens, entre eles um lago com areia movediça. Acabamos por surfar boas ondas com água quente na Praia das Nações, mas onde era difícil surfar uma onda sozinho. De seguida voltamos ao spot de competição onde verificamos que o campeonato apenas começa amanhã, com o Round 1 e 2, onde apenas entram riders Marroquinos.
Para amanhã ou depois temos Rolha no Round 3, com Mourad Chihab. Camões está com Marouane Jabri. Já Moita compete nos oitavos de final com Manuel Centeno.Jornalista Mohamed, do Jornal de Surf e Bodyboard de Morocco, a tirar a pic a Camon
Esperamos dar mais novidades amanhã. Abraços para todos, de Rabat para Portugal.